No dia 15 de janeiro, o presidente do Sindguardas Bahia, Pedro de Oliveira, e o diretor Leonardo Freire estiveram na cidade de Ituberá para discutir questões urgentes relacionadas à Guarda Civil Municipal (GCM). A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores, onde guardas municipais expuseram as dificuldades enfrentadas, com destaque para a ausência de um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e as condições precárias de trabalho.

Entre as situações denunciadas, destacou-se o fato de guardas municipais serem designados para atuar sozinhos na rodoviária, sem estrutura adequada ou sequer um local apropriado para se abrigar. Foi relatado ainda que mulheres estão sendo colocadas para trabalhar sozinhas, expondo-as a riscos desnecessários.

Após a reunião na Câmara, o presidente e o diretor do Sindguardas, acompanhados por guardas municipais, se dirigiram à sede do comando da GCM. Durante a reunião com o comandante Américo, diversas reclamações foram apresentadas, incluindo suspeitas de assédio moral e perseguição. O comandante admitiu que, em alguns casos, os guardas eram colocados para trabalhar em locais perigosos e sem condições mínimas de segurança, colocando suas vidas em risco.

Outro problema grave identificado foi a inexistência de cursos de formação e a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), fatores essenciais para garantir a segurança e a eficiência dos serviços prestados pela GCM.

O presidente Pedro de Oliveira destacou que a situação atual é insustentável e que providências imediatas precisam ser tomadas. Um ofício foi protocolado junto à prefeitura, solicitando uma reunião com o prefeito para tratar das demandas da categoria. O sindicato reforçou que, caso as irregularidades não sejam sanadas em breve, será necessário orientar os guardas municipais a realizarem suas atividades exclusivamente na sede da GCM, por falta de condições adequadas de trabalho.

O Sindguardas Bahia segue firme em sua missão de defender os direitos e a valorização dos guardas municipais, ressaltando que essas condições precárias também são uma preocupação do Ministério Público do Trabalho. A entidade reafirma seu compromisso em buscar soluções para garantir um ambiente de trabalho digno e seguro para todos os profissionais da segurança pública municipal.